Uma mulher da pele Preta, que tem a força de Ogum e os encantos de Oxum. Nascida e criada em Salvador Umbandista e afrocêntrica assumida Protegida pelo Axé da natureza e não mexe comigo, porque não estou sozinha!
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Griots
Griot, Griots ou contadores de histórias, vivem hoje em muitos lugares da África ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Guiné, e Senegal, e estão presentes entre os povos Mandê ou Mandingas (Mandinka, Malinké, Bambara, etc.), Fulɓe (Fula), Hausa, Songhai, Tukulóor, Wolof, Serer, Mossi, Dagomba, árabes da Mauritânia e muitos outros pequenos grupos. A palavra poderá derivar da transliteração para o francês "guiriot" da palavra portuguesa "criado". Nas línguas africanas, Griots são referidos por uma série de nomes: Jeli nas áreas ao norte de Mandê.
Numa cultura oral como a africana, o griot conserva a memória coletiva. Por isso, é costume dizer-se que "quando na África morre um ancião é uma biblioteca que desaparece". A figura do griot tem uma enorme importância na conservação da palavra, da narração, do mito. Na prática, eles funcionam como escritores sem papel nem pena. Ortografam na oralidade aquilo que deve permanecer embutido na memória e no coração dos seus familiares e conterrâneos, no sentido de manter incrustada a identidade do seu ser e das suas raízes, fundamentada, em grande parte, no seu passado e nos seus predecessores.
Os griots são os guardiães, intérpretes e cantores da História oral de muitos povos africanos. Na língua mandinga são conhecidos como jali e na África Central como mbomvet. Todos eles possuem uma função social bastante semelhante e de grande relevância.
Os griots cantam a história épica da África e os mitos dos diferentes povos, ou elogiam os méritos dos heróis e personagens do passado, geralmente acompanhados por instrumentos musicais, como a kora ou o xilofone.
Os contos da velha Neném
Minha avó e o padrasto do meu pai |
Minha falecida avó, a matriarca da família Tavares, Dona Maria Domingas, era a Griot da família, nascida em 22 de dezembro de 1917, em plena primeira grande guerra mundial e viveu na era de Virgulino Lampião, o rei do cangaço, que segundo ela, - "esse povo não prestava". Mulher, negra, era lavadeira, morava no bairro da barra e anos depois mudou-se para o bairro da federação. Tinha uma lucidez invejável e se lembrava de datas, nomes e sobrenomes das pessoas que a cercavam, detalhes de roupas e acontecimentos.... Ela me contava muitas histórias da sua vida as vezes até sozinha ela conversava e ria muito de todas.
Adorava ir para o quarto dela, me deitava no chão e ficava ouvindo suas lembranças de quando era mocinha, dos seus namoradinhos (e como namorou viu), da sua devoção por Santo Antônio daí o nome do meu pai, pois foi uma promessa que ela fez aos pés do tal santo na igreja aos 15 anos, pedindo que tivesse um filho bem no seu dia que lhe daria o seu nome, e assim foi, no dia 13 de junho de 1947 nasce o seu quarto filho o meu genitor Antônio Carlos.
Foi mãe de 5 filhos de 3 pais diferentes até a sua morte restaram 2 filhos vivos, sendo meu pai o que a acompanharia por toda a sua vida. Ela se orgulhava de ter conseguido realizar seu maior desejo na vida que era de se casar na igreja e conseguiu depois de três fracassados relacionamentos, aos 55 anos casou-se com Joaquim Roque da Silva, não era o meu avô biológico e nem cheguei a conhecê-lo, mas foi o pai que meu pai teve. E segundo ele, era um homem muito bom que respeitava minha avó, mas com este não teve nenhum filho!
Lembro da minha avó se gabando da sua beleza jovial, dos seus grandes cabelos e de como os prendia, das panelas de barro que ela quebrava escondido porque não gostava de cozinhar nas malditas panelas. Das cirandas de roda que ela participava e também da sua vida sofrida...perdeu a mãe ainda criança aos 6 anos, sendo criada por uma mulher conhecida da família, ou melhor, morava de favor e era feita de empregada; a tratavam na rédea curta, deixavam dormir no chão, minha avó contava que comeu o pão que o diabo amassou com ela!
Passou fome e foi muito humilhada na vida, a vergonha de ser mãe solteira era a pior humilhação naquele sociedade arcaica, onde a mulher só era valorizada se tivesse um homem ao lado e se casa-se aos pés do padre na igreja.
Já adulta, tomava seus porres para minimizar as angústias que segundo ela, já bebeu muita cachaça de erva doce para esquecer a pobreza e a falta de comida na mesa a fazia comer fruta pão com pimenta para poder ficar de pé e lutar por uma vida melhor, que chegou...graças ao filho da promessa que fez a santo Antônio, que cedo começou a trabalhar para ajudar a família. Meu pai conta que foi uma vida de sofrimento, mas não deixava de ir para a escola, ele diz que as lembranças doem, que ficam amargando a vida e que ainda hoje chega a ter pesadelos!...
Me vem à memória a sua linguagem própria - Ô dia que me rir, ou então, - Eu me apoquentei!.. A minha avó era uma torcedora do vitória fanática e ficava batendo na madeira quando - O tar-le do Bahia como ela chamava pegava na bola em jogos do BaVi e toda hora gritava - Bora vitória!!!! Ela ficava ouvindo os jogos com o seu radinho a pilha, confesso que ficava com uma raiva desses barulhos.
Recordo-me dela assistindo o jornal e sempre falava a mesma coisa - A polícia de São Paulo não tem sossego! E quando à noite caia ela dizia - Já turvou, à noite só é boa para quem namora!
Possuía um grande vigor físico, já conseguiu entortar uma chave ao abrir a porta e carregava sem inclinar as costas uma caixa com 10 leites em líquido. Uma vez ela foi ao banco receber o dinheiro da sua aposentadoria e na hora de assinar o seu nome a mulher já foi pegando na sua mão para ajudá-la e ela então puxou a caneta retrucando: - Dê cá a caneta minha filha, porque eu não fugir da escola não! Até o seus 80 anos mesmo com catarata nos dois olhos e sem usar óculos ela lia livros, enxergava letras miúdas e o médico oftalmologista falou - Isso é o instinto!
O que mais eu gostava de ouvir era seus contos sobre a vivencia do candomblé e umbanda ela que foi iniciada apenas com uma surra de folha e incorporava o caboclo chamado Rei das Flores e uma Erê de nome Crispiniana.
Passou fome e foi muito humilhada na vida, a vergonha de ser mãe solteira era a pior humilhação naquele sociedade arcaica, onde a mulher só era valorizada se tivesse um homem ao lado e se casa-se aos pés do padre na igreja.
Já adulta, tomava seus porres para minimizar as angústias que segundo ela, já bebeu muita cachaça de erva doce para esquecer a pobreza e a falta de comida na mesa a fazia comer fruta pão com pimenta para poder ficar de pé e lutar por uma vida melhor, que chegou...graças ao filho da promessa que fez a santo Antônio, que cedo começou a trabalhar para ajudar a família. Meu pai conta que foi uma vida de sofrimento, mas não deixava de ir para a escola, ele diz que as lembranças doem, que ficam amargando a vida e que ainda hoje chega a ter pesadelos!...
Me vem à memória a sua linguagem própria - Ô dia que me rir, ou então, - Eu me apoquentei!.. A minha avó era uma torcedora do vitória fanática e ficava batendo na madeira quando - O tar-le do Bahia como ela chamava pegava na bola em jogos do BaVi e toda hora gritava - Bora vitória!!!! Ela ficava ouvindo os jogos com o seu radinho a pilha, confesso que ficava com uma raiva desses barulhos.
Recordo-me dela assistindo o jornal e sempre falava a mesma coisa - A polícia de São Paulo não tem sossego! E quando à noite caia ela dizia - Já turvou, à noite só é boa para quem namora!
Possuía um grande vigor físico, já conseguiu entortar uma chave ao abrir a porta e carregava sem inclinar as costas uma caixa com 10 leites em líquido. Uma vez ela foi ao banco receber o dinheiro da sua aposentadoria e na hora de assinar o seu nome a mulher já foi pegando na sua mão para ajudá-la e ela então puxou a caneta retrucando: - Dê cá a caneta minha filha, porque eu não fugir da escola não! Até o seus 80 anos mesmo com catarata nos dois olhos e sem usar óculos ela lia livros, enxergava letras miúdas e o médico oftalmologista falou - Isso é o instinto!
O que mais eu gostava de ouvir era seus contos sobre a vivencia do candomblé e umbanda ela que foi iniciada apenas com uma surra de folha e incorporava o caboclo chamado Rei das Flores e uma Erê de nome Crispiniana.
Lembro dela me contando do quanto ela ajudou as pessoas fazendo as "mandingas", dos ebós que fazia e da sua paixão incondicional por Oxum, ela foi a primeira que me disse que tinha esta deusa das águas doce. De apelido Dona Neném, era filha de Nanã Buruku que é representada como a grande avó, deusa dos mistérios a mais antiga divindade das águas que representa a memória ancestral do nosso povo, Nanã sintetiza em si a morte, fecundidade e riqueza. Minha avó adorava fazer "trabalhos" em águas doce ou salgada e me dizia - As águas tudo pode e sempre me dava um único conselho: - Nunca levante uma folha para fazer mal a ninguém!
Lembro que eu ficava espantada e admirada com suas histórias sobre os deuses do panteão africano, foi ela a responsável por me encantar nesta religião. A velha Neném tinha uma personalidade forte, quando ela amanhecia com a pá virada, de bico pra cima, pra ela botar a mão na cintura, bater o pé e rodar a baiana era daqui pralí, quando ela amanhecia cantando a gente já sabia...lá vem a tsunami vez ou outra ela gostava de dá uns chiliques... (isso ela sabia fazer como ninguém) e quando eu era criança ouvia muito minha mãe dizer - Você parece com sua avó! E um dia Dona Neném falou - Você é mais de Ogum (querendo dizer que era dele minha cabeça) por isso que é assim desaforada, não mede pra ouvir, não mede pra falar!
Adorava conversar com ela e uma certa vez me sentei ao seu lado no quintal de casa e pedir para que me contasse sobre a árvore genealógica da família porque queria escrever sobre isso e quiçá um dia escrever a minha autobiografia, até parece que minha vida seria grande coisa!
Pois sim, Dona Domingas deixou saudades, ela partiu há 9 anos, aos 86 anos de idade, pegou uma gripe, onde um mês antes acordei sair do quarto e só vi o vulto de minha mãe passando e ainda sonolenta falei - Minha mãe sonhei que minha avó morreu dormindo e cair de sono novamente no sofá da sala e minha mãe respondeu - Deus é mais!
E foi assim, que no dia 10 de março de 2004 por volta das 03:00h da manhã ela faleceu na sua cama, ao lado da foto de Santa Luzia e meu pai (ateu diz ele convicto) conta que tinha acabado de sonhar com minha avó, que ela tinha chegado na porta do quarto dele, bateu o pé no chão como de costume chamando o nome dele se virou e saiu. Meu pai nessa hora acordou, foi até o quarto dela, colocou a mão nela e triste falou pra minha mãe - Olha Lourdes, ela foi agora, ainda está quentinha! Dona Maria Domingas não deu trabalho na sua velhice ela mesma lavava as suas roupas, dançava, saracutiava, comia de tudo e muito bem, dormia mais ainda, só foi uma semana para ela cair doente e falecer. E teve uma morte muito boa, e desejo ter uma morte igual a dela: morrer de velhice e dormindo, pois só os bons morrem assim.
E foi assim, que no dia 10 de março de 2004 por volta das 03:00h da manhã ela faleceu na sua cama, ao lado da foto de Santa Luzia e meu pai (ateu diz ele convicto) conta que tinha acabado de sonhar com minha avó, que ela tinha chegado na porta do quarto dele, bateu o pé no chão como de costume chamando o nome dele se virou e saiu. Meu pai nessa hora acordou, foi até o quarto dela, colocou a mão nela e triste falou pra minha mãe - Olha Lourdes, ela foi agora, ainda está quentinha! Dona Maria Domingas não deu trabalho na sua velhice ela mesma lavava as suas roupas, dançava, saracutiava, comia de tudo e muito bem, dormia mais ainda, só foi uma semana para ela cair doente e falecer. E teve uma morte muito boa, e desejo ter uma morte igual a dela: morrer de velhice e dormindo, pois só os bons morrem assim.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
É branco? Então o povo fica de luto
Fala sério, esse alarme da médica que matou o casal de irmãos só acontece porque eram brancos, bonitinhos e de classe média alta. Pois se fossem negros iriam dizer que ela fez isso porque tomou um susto por achar que fosse assalto e ainda a polícia iria averiguar se a moto era roubada. Porquê ninguém fez alarde da CRIANÇA negra que foi morta por bala perdida no bairro de pernambués? Sabe porquê? Não temos a revolta da sociedade a nosso favor. Acostumou-se a vê o negro morrer...
A imprensa e as redes sociais só falam sobre isso. Olhe morreu mais um negro alí, ninguém vai vê?
Emanuelle e Emanuel, morreram após sua moto ser atingido pelo carro da médica no bairro de Ondina. De acordo com testemunhas, Emanuel tinha discutido momentos antes com a oftalmologista após ser fechado pelo veículo dela. Em seguida, a médica teria perseguido os irmãos e o automóvel dela bateu na moto, projetando Emanuelle e Emanuel contra um poste.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Educação: O combate pelo discurso
A introdução e execução da disciplina de História e Cultura da África no currículo escolar Lei (10.639, aprovada em janeiro de 2003). Traz um discurso sobre a educação como uma medida para tentar representar uma possibilidade de mudança.
"Quando se fala em heróis, as crianças tendem a associar a palavra ao que estão acostumadas a ver nos desenhos animados e filmes. Das duas, uma: ou imaginam alguém irreal, com poderes especiais, ou alguém que deu a vida por uma causa ou por um povo. Ao usar este material, recomenda-se que o professor deixe claro que talentos especiais não são superpoderes e que dar a vida por uma causa não significa necessariamente morrer por ela. Ao compreender isso, os alunos vão começar a entender a grandeza de muitos personagens da história. Após apresentar os três escritores desta edição de Raça Educação, uma sugestão para o professor é pedir aos alunos que aprofundem num trabalho as biografias dos três escritores, falando também sobre a época em que esses personagens viveram. Dependendo da série dos estudantes, pode-se pedir que leiam obras desses três autores e façam uma exposição em sala de aula" (Heróis das Letras Edição 95 -Fevereiro/2006).
A revista, ao mostrar a forma de como esta disciplina deve ser abordada na escola, tem como interesse fazer com que os afro-descendentes se orgulhem da sua história sendo representada por intelectuais negros. Sobretudo um trabalho de valorização da cultura negra por meio da construção positiva da auto-estima das crianças negras.
Para Consuelo Silva (1995), é no contexto das interações sociais, através das identificações, que as crianças se percebem como parte do mundo social específico e, conforme o modo como são identificadas e tratadas pelos seus outros significativos, adquirem uma auto-imagem na qual moldarão sua identidade, pois é na socialização primária que a transmissão de valores e crenças dos agentes mediadores de seu grupo social influencia decisivamente na sua forma de pensar e agir.
Hall (2001, p.50-51) discorre que a cultura nacional é um discurso – um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos. Hall ainda argumenta que a identidade está profundamente envolvida no processo de representação, portanto neste quadro a forma que é colocada pela revista, é através da educação que pode-se desmistificar estereótipos que mantêm o preconceito racial, assim descobrindo formas de combater o racismo.
* Retirado da minha monografia: As representações
Sociais na Ressignificação da Identidade Ética do povo negro: no caso da revista
Raça Brasil. Defendida na semana da Consciência Negra
em 23 de novembro de 2006.
Educação: O combate pelo discurso
Já na questão da política de cotas ao publicar o artigo Ações afirmativas no Brasil uma questão de justiça para os negros (Edição 85 - Abril / 2005), a revista faz um discurso de justiça, alegando que o sistema de cotas é uma medida que levará a uma igualdade social no Brasil. Assim a revista abre um debate de que é preciso compreender as razões históricas da discriminação racial:
"A partir de 1822, após a Proclamação da Independência, o direito à educação primária gratuita foi incorporado na Constituição: "A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos." Porém ela permaneceu proibida aos negros pelo fato de que estes não eram considerados cidadãos. No Império, os escravos e seus descendentes não podiam estudar e, mesmo que fosse um liberto, estava fadado a ser cidadão de segunda categoria[...]Após a caminhada em Brasília do movimento negro para reivindicar políticas públicas ao governo, em 1995, iniciou-se o reconhecimento da administração pública de que houve uma violência institucional racial no passado, de que há, no presente, uma desigualdade racial herdada deste período" (Ações afirmativas no Brasil uma questão de justiça para os negros Edição 85 Abril / 2005).
O discurso da revista justifica neste artigo a implantação do sistema de cotas como uma compensação para minimizar a distância econômica e social entre negros e brancos. Segundo a revista, o racismo, o preconceito e a discriminação racial mantêm e acentuam desigualdades históricas de classe e raça, no acesso à permanência na educação, na conquista e na qualidade do trabalho, na distribuição de renda, no acesso à justiça, dentre outras desigualdades. Fazendo das políticas públicas uma diretriz constitucional, a igualdade de fato e de Direito, já que o Brasil é o país com a mais longa história de escravidão das Américas. Observamos que a revista usa estes argumentos como estratégias discursivas para tornar o sistema de cotas relevante para a população negra.
O discurso da revista aponta para uma solução de que o único modo de combater o racismo seria definir políticas de ações afirmativas de cotas raciais para contemplar positivamente os negros, é a chamada criação de oportunidades para os afro-descendentes. Afirma-se que o princípio da igualdade deve ser interpretado em sua acepção material, ou seja, que a verdadeira igualdade é tratar desigualmente os desiguais. Como afirmou Rui Barbosa (1997): "A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade".
Nessa perspectiva, consideramos que a linguagem se manifesta a serviço do poder, sendo o discurso a realização da "linguagem como prática social", o debate das cotas na revista é uma forma de manifestação e de reprodução dessa luta anti-racista. Nesta teoria, o discurso é entendido como constituinte do social, como um modo de ação, pois é uma das maneiras pelas quais as pessoas podem agir sobre o mundo e sobre os outros, mas é também visto como uma forma de representação, pois nele valores e identidades são representados de forma particular. Os discursos são concebidos, não apenas reproduzidos, construindo de diversas maneiras, cada uma das quais posicionando os sujeitos sociais também de diferentes maneiras ( Fairclough, 1992).
* Retirado da minha monografia: As representações
Sociais na Ressignificação da Identidade Ética do povo negro: no caso da revista
Raça Brasil. Defendida na semana da Consciência Negra
em 23 de novembro de 2006.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
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