Sou negra como à noite!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Saudado nossa mãe!!


Esses versos africanos

choram sim nossa terra

que um dia deixámos

a terra que tanto amamos...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Nosso Rei!!

Somos umbuntu (eu existo porque você existe)




Zumbi dos Palmares, cuja morte, em 20 de novembro de 1695, motiva a celebração, em todo o país, do Dia da Consciência Negra, foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o mais conhecido núcleo de resistência negra à escravidão no país.

Segundo cronologia publicada na página da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), órgão ligado à Presidência da República, Palmares surgiu a partir da reunião de negros fugidos da escravidão nos engenhos de açúcar da Zona da Mata nordestina, em torno do ano de 1600. Eles se estabeleceram na Serra da Barriga, onde hoje é o município de União dos Palmares (AL). Ali, devido às condições de díficil acesso, puderam organizar-se em uma comunidade que, estima-se, chegou a reunir mais de 30 mil pessoas

Afirma-se que o quilombo (termo derivado de língua da região de Angola) era chamado pelos portugueses de República dos Palmares, nos documentos da época, e termos como mocambo foram posteriormente utilizados no sentido pejorativo. O quilombo era composto por várias aldeias, de nomes africanos, como Aqualtene, Dombrabanga, Zumbi e Andalaquituche, indígenas, como Subupira, ou Tabocas, e portugueses, como Amaro. A capital era Macacos, termo de origem incerta (pode ser português ou corrutela do banto macoco).

Zumbi nasceu livre, em Palmares, provavelmente em 1655, e, segundo historiadores, seria descendente do povo imbamgala ou jaga, de Angola. Ainda na infância, durante uma das tentativas de destruição do quilombo, ele foi raptado por soldados portugueses e teria sido dado ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo (hoje, em Alagoas), que o batizou de Francisco e ensinou-lhe português e latim. Aos dez anos tornou-o seu coroinha. Com 15 anos, Francisco foge, retorna a Palmares e adota o nome de Zumbi - termo de significado incerto. O nome de Zumbi apareceu pela primeira vez em 1673, em relatos portugueses sobre a expedição chefiada por Jácome Bezerra, que foi desbaratada pelos quilombolas.

Aos 20 anos, Zumbi destacou-se na luta contra os militares e aos 25 anos, torna-se líder do quilombo.

Ao longo da vida, Zumbi teria tido pelo menos cinco filhos. Uma das versões diz que ele teria se casado com uma branca, chamada Maria. Ao longo de seu reinado, Zumbi passou a comandar a resistência aos constantes ataques portugueses.

Em 1692, o bandeirante paulista Domingo Jorge Velho, uma espécie de mercenário da época, comandou um ataque a Palmares e teve suas tropas arrasadas. O quilombo foi sitiado e só capitulou em 6 de fevereiro de 1694, quando os portugueses invadem o principal núcleo de resistência, a Aldeia do Macaco.

Ferido, Zumbi foge. Baleado, ele teria caído de um desfiladeiro, o que deu origem à história de que teira se suicidado para evitar a prisão. Resistiu na mata por mais de um ano, atacando aldeias portuguesas. Em 20 de novembro do ano seguinte, depois de ser traído por um antigo companheiro, Antonio Soares, Zumbi é localizado pelas tropas portuguesas.

Preso, Zumbi é morto, esquartejado, e sua cabeça é levada a Olinda para ser exposta publicamente. Entre outros objetivos, o de acabar com os boatos que corriam entre os negros escravizados do litoral de que o líder quilombola era imortal.

Rumo à liberdade

África


A verdade, hoje em dia, acerca da África, é animadora. Pelo terceiro ano consecutivo, África está na agenda dos G8. O progresso dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio está a ser registado por cada vez mais organismos, para monitorizarem o decorrer do processo e o continente africano está cada vez mais no olhar público em todo o mundo.

Não se pode negar que também se notou o uso excessivo e abuso de poder em países como Angola, Sudão, Guiné Equatorial, Quénia e Nigéria em casos bem documentados por organismos internacionais (realçado na imprensa sensacionalista e espectacularmente omitido na imprensa chula). Nem se pode negar que vários actos de tortura e chacina foram perpetrados neste continente no ano passado. Também é verdade que foram perseguidos jornalistas, foram violados direitos de mulher e foram ignorados direitos humanos em vários países no continente africano entre 2006 e 2007. Todas estas histórias estarão a mais na imprensa sensacionalista e a menos (ou risivelmente ausentes) no tratamento cosmético da imprensa chula.

Porém, há cada vez mais africanos a tomarem as rédeas do destino nas suas mãos, cada vez mais africanos a sentirem a necessidade de voltar ao seu continente e comprometer-se no processo de construir nações, mesmo que isso envolva sacrifícios pessoais.

Já vão longe os dias em que potências coloniais pudessem saquear os recursos da África impunes, longe vão os dias em que órgãos de notícias ocidentais pudessem subornar os africanos a perpetuarem a sua vida, como sanguessugas.

O continente africano começa a respirar, começa a ganhar uma noção de responsabilização colectiva, rumo a uma senda de desenvolvimento em conjunto. Ao contrário de muitas regiões do nosso planeta, na África a noção de colectividade é sentida e não cosmética e é precisamente esta maneira de ser que irá silenciar os críticos da África e relegar à insignificância aqueles que fazem seu jogo ao custo dos africanos (ou dos gestores que foram subornados para sustentar entidades ocidentais, e diga-se desde já que estes gestores são traidores do continente africano e muito fáceis de idenificar).

É que hoje em dia, e felizmente, podemos afirmar que aqueles que fazem jogadas ao custo dos africanos (ou outros) têm os dias contados.

Fonte: Timothy BANCROFT-HINCHEY



PRAVDA.Ru

terça-feira, 18 de maio de 2010

Seja bem vindo ao mundo virtual (Akuê-ô)

Identidade Black


Bom o Identidade Negra da Uol http://www.identidadenegra.zip.net/  teve que chegar ao fim por questões de armazenamento, acabou o espaço da conta, então dei a luz a este blog novinho Identidade Black que trocando em miúdos pode até ser melhor, mas terá o mesmo propósito da celebração da negritude, contestação e é claro ressignificação da cultura do povo negro...O antigo veio ao ar no mês da Consciência Negra e este chega ao mundo virtual no mês em que se "celebra" o fim da escravidão o dito cujo do 13 de Maio, pois bem, já chego fazendo alarde e dando banana para esta data que não representa nada para nós. Vamos ressignificar este mês, afinal também se comemora o dia da África e esse ano a Copa do Mundo é nossa!! Parabéns mãe ÁFRICA!!!!

Quebrem as correntes!!

Muita força (Mbulu nguzo)





Chega de novena, terço e oração... ao invés de reclamar vamos entrar em ação!






O meu 13 de Maio é celerar a acendência africana

13 DE MAIO COM MUITO AXÉ - SALVE OS PRETOS-VELHOS DE ZAMBI! SALVE ANGOLA! SALVE A GUINÉ!




Dia de Preto-Velho



“Nêgo está moiado de suó, mas tá feliz porque Deus o liberto (bis); Ô sinhá, sinhá, segura a chibata num deixa batê, faz uma prece prá nêgo morrê, nêgo num qué mais sofrê (bis)”.


O dia 13 de maio vem celebrar louvação aos Pretos-Velhos que são espíritos de velhos africanos ou descendentes destes que viveram nas senzalas e, como escravos, morreram no tronco ou de velhice.

Pretos-Velhos têm grande importância na preservação da cultura de afrodescendência porque são eles que mantém a herança da tradição oral, da culinária e da medicina rústica aliada ao misticismo - receitando auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

A despeito de sua idade avançada tiveram, o poder e o segredo de viver longamente, apesar da rudeza do cativeiro demonstrando qualidades insuperáveis para suportar as agruras da vida, conseqüentemente são espíritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores; são mandingueiros poderosos, com seu olhar perscrutador sentados em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, aspergindo sua água fluidificada, assim demandam contra o baixo astral para aniquilar os perigosos kiumbas.

São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por sí só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em suas benzeduras.

Abenção (Makoiú). Que começe a magica

Kueta njíndamba (Bater palmas)

Que Oxum me conceda seus encantos...
Agô, rainha Agô!
Ousi (Amém)