Sou negra como à noite!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

TV brasileira: Não me vejo por aqui...

Novelas brasileiras passam imagem de país branco, critica escritora moçambicana

Brasília - "Temos medo do Brasil." Foi com um desabafo inesperado que a romancista moçambicana Paulina Chiziane chamou a atenção do público do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília (DF). Ela se referia aos efeitos da presença, em Moçambique, de igrejas e templos brasileiros e de produtos culturais como as telenovelas que transmitem, na opinião dela, uma falsa imagem do país.

"Para nós, moçambicanos, a imagem do Brasil é a de um país branco ou, no máximo, mestiço. O único negro brasileiro bem-sucedido que reconhecemos como tal é o Pelé. Nas telenovelas, que são as responsáveis por definir a imagem que temos do Brasil, só vemos negros como carregadores ou como empregados domésticos. No topo [da representação social] estão os brancos. Esta é a imagem que o Brasil está vendendo ao mundo", criticou a autora, destacando que essas representações contribuem para perpetuar as desigualdades raciais e sociais existentes em seu país.

"De tanto ver nas novelas o branco mandando e o negro varrendo e carregando, o moçambicano passa a ver tal situação como aparentemente normal", sustenta Paulina, apontando para a mesma organização social em seu país.  

A presença de igrejas brasileiras em território moçambicano também tem impactos negativos na cultura do país, na avaliação da escritora. "Quando uma ou várias igrejas chegam e nos dizem que nossa maneira de crer não é correta, que a melhor crença é a que elas trazem, isso significa destruir uma identidade cultural. Não há o respeito às crenças locais. Na cultura africana, um curandeiro é não apenas o médico tradicional, mas também o detentor de parte da história e da cultura popular", detacou Paulina, criticando os governos dos dois países que permitem a intervenção dessas instituições.

Primeira mulher a publicar um livro em Moçambique, Paulina procura fugir de estereótipos em sua obra, principalmente, os que limitam a mulher ao papel de dependente, incapaz de pensar por si só, condicionada a apenas servir.

"Gosto muito dos poetas de meu país, mas nunca encontrei na literatura que os homens escrevem o perfil de uma mulher inteira. É sempre a boca, as pernas, um único aspecto. Nunca a sabedoria infinita que provém das mulheres", disse Paulina, lembrando que, até a colonização europeia, cabia às mulheres desempenhar a função narrativa e de transmitir o conhecimento.  

"Antes do colonialismo, a arte e a literatura eram femininas. Cabia às mulheres contar as histórias e, assim, socializar as crianças. Com o sistema colonial e o emprego do sistema de educação imperial, os homens passam a aprender a escrever e a contar as histórias. Por isso mesmo, ainda hoje, em Moçambique, há poucas mulheres escritoras", disse Paulina.

"Mesmo independentes [a partir de 1975], passamos a escrever a partir da educação europeia que havíamos recebido, levando os estereótipos e preconceitos que nos foram transmitidos. A sabedoria africana propriamente dita, a que é conhecida pelas mulheres, continua excluída. Isso para não dizer que mais da metade da população moçambicana não fala português e poucos são os autores que escrevem em outras línguas moçambicanas", disse Paulina.

Durante a bienal, foi relançado o livro Niketche, uma história de poligamia, de autoria da escritora moçambicana.

Alex Rodrigues
Edição: Lílian Beraldo

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Minhas filhinhas

As futuras donas da cabeça das minhas Ibejis   - Janaina Líra e Zaira Líra

E é hora de chamar papai...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Será que é meu dia ainda?


Dia do Jornalismo – 7 de Abril


Ser Jornalista é ser um profissional da Informação. Sua função é coletar informações que sejam de interesse público e divulgá-las para a sociedade. Entre as especialidades da profissão, um jornalista pode ser: arquivista pesquisador, assessor de imprensa, diretor de redação, editor, jornalista, produtor de texto, repórter de televisão ou rádio, revisor, repórter fotográfico, ou uma desempregada que fica escrevendo no seu próprio blog.

Parabéns aos poetas do cotidiano, arquitetos da ortografia, artistas gramaticais que nós fazem pensar, idealizar, julgar, desacreditar, sensibilizar e o mais importante nos deixam antenados no que acontece no mundo e a nossa volta...Viva ao jornalismo, viva aos jornalistas por formação, é claro, para ser a favor do diploma na mão e fortalecer a campanha em defesa do canudo.

E vamos a pergunta que faço ao destino, ao cosmo, ao universo, a Deus e ao Diabo...O 7 ainda continua sendo o meu número da sorte? Este ano de 2012 é apocalíptico será que vai acabar sem realizar meu sonho? Vamos vê se com fim do mundo previsto acontece alguma coisa...Alacazam!!! 


P.S: Vamos denegrir essa porra!!!


    

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